Desenvolvido, segundo a Honda, para valorizar o homem, não a máquina, ou seja, com a preocupação de garantir espaço aos passageiros e bagagens, em vez de para motor e peças, o novo Fit tem entreeixos mais longo e uma plataforma nova aparentemente nova. O tanque de combustível, como no modelo atualmente à venda no Brasil, fica sob a fileira dianteira de bancos.

A carroceria da nova geração do Fit está 5,5 cm maior, agora com 3,90 m de comprimento total. O aumento se deve quase que inteiramente ao entreeixos mais generoso, que passou de 2,45 m para 2,50 m. A altura foi mantida em 1,53 m, mas o monovolume ficou mais largo: tem agora 1,70 m.

O porta-malas passou de 380 l para 427 l com a eliminação do estepe, algo que, no Brasil, não seria possível, já que a legislação exige o pneu sobressalente. Em lugar dele, a Honda colocou, no Japão, um kit de reparo do pneu.

A praticidade do interior se manteve com o sistema ULT (Utility, Long e Tall), mas ganhou mais uma letra, Refresh. O Utility agora amplia o porta-malas para 1,72 m de comprimento, o que permite carregar uma bicicleta com os bancos traseiros rebatidos. O Long, com o do passageiro dianteiro também abaixado, permite carregar objetos de até 2,40 m. Já o Tall cria espaço para objetos com até 1,28 m de altura e que têm de viajar em pé, como plantas.

O tal Refresh será um prato cheio para quem pega muito a estrada. Na hora de descansar, seja onde for, os bancos dianteiros, reclinados, formam praticamente uma cama no interior do carro. É ou não é para refrescar?

Com a nova geração do Fit não haverá mais polêmica quanto à carroceria ser de dois volumes, como um hatch, ou monovolume. A coluna A foi deslocada mais para a frente, criando um corpo único, sem distinção do compartimento do motor. O objetivo teria sido melhorar a visibilidade, como prova a espessura desta coluna, que ficou menor. Os retrovisores externos também ganharam 30% a mais de superfície.

O motor 1,35-litro atual ganhou comando i-VTEC e passou para 100 cv. Com câmbio CVT, ele faz 24 km/l de gasolina, melhorando ainda mais a já famosa economia de combustível do modelo anterior. O motor 1,5-litro, por sua vez, teve a potência melhorada para 120 cv, como era esperado. Mesmo com desempenho melhor, ele tem economia de combustível divulgada de 19,6 km/l.

Parte do segredo para que isso acontecesse foi a manutenção do peso, que seria equivalente ao do modelo anterior, no Japão, e atual, no Brasil. É um feito e tanto para a engenharia da empresa, que conseguiu tornar a rigidez estrutural da carroceria do Fit ainda maior e ainda deixar o carro mais equipado.

O Fit, que já era considerado um dos mais seguros do mundo em sua categoria, ficou ainda melhor nesse quesito. Tanto pela rigidez torcional quanto por airbags dianteiros, laterais e de cortina, aliados a freios com ABS e ao sistema ISOFIX para segurar cadeirinhas de criança. O RS tem ainda o VSA, ou Vehicle Stability Assist, assistência de estabilidade veicular.

O volante, com regulagem de altura e distância, incorpora borboletas para trocas de marcha manuais, mas a Honda não parou por aí. Colocou ainda mais porta-objetos no carro, inclusive uma espécie de caixa sob o banco traseiro, Sky Roof, ou teto panorâmico, como ele é chamado, todo de vidro, e um assento para o passageiro dianteiro que gira, facilitando o acesso para entrar e sair do carro, especialmente nos casos de portadores de deficiência ou para que mulheres com saias curtas ou justas demais não se exponham mais do que gostariam.