Renault Symbol, substituto do Clio Sedan, chega por R$ 41.190

Versão mais cara, a Privilège, sai por R$ 44.490.
Renault aposta na rápida reação brasileira à crise.

 

Renault Symbol chega às lojas a partir de R$ 41.190 (Foto: Divulgação)

O substituto do Clio Sedan chega ao mercado. Fabricado na Argentina, o Renault Symbol é a nova aposta da montadora no segmento de sedãs compactos. O modelo foi lançado nesta segunda-feira (16), em Curitiba (PR), e chega com dois tipo de acabamento, a Expression, por R$ 41.190, e a Privilège, por R$ 44.490. Os preços já possuem a redução no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), medida do governo prevista para acabar no dia 31 de março.

A plataforma é a mesma do Clio Sedan, mas o Symbol tem 4,26 metros de 

 

comprimento, 7 cm a mais. Fora isso, o carro é comlpletamente novo, do design ao propulsor. As duas versões são equipadas com o motor 1.6 16V motor 1.6 16V Hi-Flex, o mesmo dos modelos Logan e Sandero, que gera 110 cavalos (a gasolina) e 115 cavalos (a álcool) e possui torque de 15,2 kgfm (g) e 16 kgfm (a). O câmbio é manual, de cinco marchas. 

 

Ainda na parte mecânica, a principal novidade é a suspensão. De acordo com a gerente de marketing do produto da Renault do Brasil, Vanessa Castanha, o sistema foi desenvolvido por 50 especialistas que rodaram 180 mil quilômetros em testes. "Tudo para adaptar o carro às condições das vias brasileiras", observa.

 

Foto: Arte G1

Veja os concorrentes do Renaul Symbol (Foto: Arte G1)

Assim, o que difere mesmo as duas versões são os itens de conforto e de estética. A Expression, a mais básica, traz como principais itens de série ar-condicionado manual, travas e vidros dianteiros elétricos, direção hidráulica, airbags frontais duplos, volante e banco do motorista com regulagem de altura, iluminação no porta-malas e rodas de aço aro 14. Para esta versão, a Renault oferece o pacote com computador de bordo e rádio CD-Player MP3 com comando na coluna de direção por mais R$ 800.

Já a Privilège possui de série a maioria dos itens da versão Privilège, mas traz também o pacote com computador de bordo e rádio CD-Player MP3, faróis de neblina, ar condicionado digital, vidros dianteiros e traseiros e retrovisores com regulagem elétrica, bancos com revestimento em veludo e indicador de temperatura externa. No design, os destaques do acabamento Privilège são as rodas de liga-leva aro 15, as maçanetas externas na cor alumínio e os retrovisores externos na cor da carroceria.

O sistema ABS pode ser adquirido como opcional para as duas versões. O item "extra" de segurança sai por R$ 1.500. 

 

Imagem da traseira do Renault Symbol (Foto: Divulgação)

Fim de ciclo

A entrada do Renault Symbol no mercado brasileiro é literalmente o símbolo do fim de um ciclo para a empresa. Esse é o sexto lançamento previsto no "Renault Mercosul Contrato 2009 – Contrato Brasil", projeto de crescimento da montadora anunciado em 2006 que tinha como objetivo o seis novos produtos em três anos e trazer lucro às operações no Brasil, meta conquistada em 2008.

Agora, o papel do novo modelo é fortalecer a marca no segmento de sedãs compactos "premium", ou seja, concorrer em especial com Fiesta Sedan, Peugeot 207 Passion, Fiat Siena e Volkswagen Polo Sedan.

 

A meta é vender 700 unidades do Symbol por mês. Modesta, ao comparar com os concorrentes. Segundo Vanessa Castanha, as vendas começam nesta quinta-feira (19), mas a publicidade do carro começará mesmo só em junho. "Queremos primeiramente fidelizar quem já tem um Renault. A divulgação começará nas próprias concessionárias", explica.

 

De acordo com a gerente, a aposta da Renault para ganhar este segmento, que representa 17% das vendas no país, está no design e nos itens que, na categoria, normalmente chegam como opcionais. "O carro tem mais status que o Logan, os detalhes cromados dão a sensação de se tratar de um veículo de segmento superior", acrescenta Vanessa. O carro está posiocionado entre o Logan e o Mégane Sedan.

 

Foto: Divulgação

Painel do Renault Symbol (Foto: Divulgação)

Aposta no Brasil

Embora seja o fim de um ciclo para a Renault do Brasil, os investimentos no país continuarão. O vice-presidente comercial da Renault do Brasil, Christian Pouillaude, afirma que a montadora aposta no país por causa da "taxa de motorização" que possui, ou seja, ainda há muito consumidor em potencial no mercado nacional. Além disso, ele acredita que o país será um dos primeiros a sair da crise.

"Acreditados que o Brasil seja mais forte que outros países que sofrem com a crise. Além disso os estoques de veículos novos e seminovos estão controlados e o crédito volta ao mercado, apesar de mais seletivo do que em outros momentos", diz. Pouillaude também afirma que as compras corporativas de veículos, até então paradas pela crise, já mostram sinais positivos. "Começamos a receber propostas de negócios."

Os planos da Renault, segundo o executivo, levam como base um mercado interno de 2,4 milhões de veículos. "O mercado vai cair em relação a 2008, mas não será um mercado de crise", ressalta. Para isso, a manutenção da redução do IPI por parte do governo federal é considerada essencial. Diante desta previsão, a meta da Renult é crescer em participação de mercado. No primeiro bimestre deste ano, o market share da empresa fechou em 5%.